Acompanhando o seriado PABLO ESCOBAR – O SENHOR DO TRÁFICO, sem querer fazer comparações esdrúxulas, longe de mim, podemos perceber pela saga de um dos maiores narcoterrorista do mundo, que todos os seus soldados que o tratavam como o “EL PATRON” – o “Dom Pablito”, o protegem, inclusive como escudo protetor. Ele consegue tirar do seu caminho cometendo todo tipo de crime, aqueles que lutavam contra ele, e que os ameaçava, inclusive coronéis, donos de jornais, civis e um dos candidatos à presidência Luiz Carlos Galán. Mas o quer que tem a ver esse fato, com a “Operação Paradise” deflagrada pela Polícia Federal de Pernambuco e a Controladoria Geral da União (CGU), que cumpriu no dia 07, 23 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária, que tinha como objetivo debelar uma associação criminosa que se instalou na prefeitura de Araripina-PE, e que as investigações revelaram desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas naquele município com verbas oriundas do Ministério da Educação.?
Bem, primeiro eu faço alguns questionamentos: onde foi mesmo que se instalou a organização criminosa?
Quem comanda essa instituição onde se instalou essa associação criminosa?
O Chefe do Poder Executivo não sabia de nada?
E quem eram os principais responsáveis pela essa associação criminosa?
(os nomes não foram citados nos meios de comunicação, e ainda tem muita gente aguardando a lista).
Se fosse de cidadãos menos afortunados, (a lista) já estaria estampada em toda a imprensa.
E quem assinava ordens de despachos, empenhos, cheques, e outros documentos oficiais?
Afinal de contas, ele (o prefeito) é ou não é um ordenador de despesas?
E no caso específico da Secretaria de Educação, a secretária da pasta (presa na operação), por ser considerada ordenadora de despesa, fazia tudo, sem o aval do prefeito?
Faço esses questionamentos hipotéticos, talvez por ser um leigo no assunto, apenas por não entender muito bem um cenário nebuloso e cheio de enigmas que mais parece que “Dom Alenxandrito”, “O PATRÃO”, não tem nada a ver com o que acontece de errado dentro da casa que ele gerencia. Dom Pablito ao contrário de Dom Alexandrito, era o mentor de tudo dentro do tráfico do Cartel de Medellín, desde os planos bem arquitetados, planejados e executados.
O que contesto então, é que um órgão que fiscaliza e já vem com tudo esmiuçado, emitir um parecer afirmando que não existe participação do Patrão, dentro de um esquema organizado na sua empresa, e debaixo do seu nariz, é meio estranho. Ou então, não quiseram entregar o ouro ao bandido. Mas como as más línguas sempre falaram que ele “O PATRÃO” não deliberava sem o aval de sua companheira e do seu irmão (arquitetos dos planos de execução na empresa), talvez a explicação parta deste princípio. Estou nesse aspecto apenas fazendo uma constatação empírica dos fatos (isto é, aquela que você faz um diagnóstico, ouvindo as pessoas)
Suposições, apenas suposições, porque quem vai dizer em verdade e em veracidade é a justiça. Somos apenas, hipoteticamente falando, meros formadores de opinião, que podem despertar nos cidadãos, as mesmas dúvidas que nesse momento estamos interagindo através desta via alternativa.
Por enquanto o que sentimos através da serenidade e segurança disfarçada de lamentações e que assim tenta transmitir o prefeito, é que a própria prisão de pessoas membros da sua família, irmãos, cunhada, que foram citadas pelo Delegado da PF, como associados de uma organização criminosa que se instalou na “Prefeitura de Araripina”, é que ele não sabia de nada, e que se eles forem culpados, nada respingará nele como chefe do Poder Executivo.
Podemos acreditar então que Luiz Inácio Lula da Silva, nunca soube e nem é culpado pelos crimes dos mensaleiros e dos desvios vultosos de recursos públicos da Petrobras com envolvimentos de Petistas. E podem também livrar por tabela a presidente da República Dilma Roussef.
Outro item bem importante e que tem sido a pauta principal do prefeito quando se pronuncia na imprensa: TRANSPARÊNCIA.
Podemos fazer aqui um minuto de silêncio. Fizeram?
Se um prefeito, um governador, um presidente de câmara, pensa que divulgar valores de empenhos pagos, efetuados e a serem efetuados, valores percebidos por servidores, tem sido sinônimo de transparência, enganam-se. Percebem-se distorções enormes nos documentos divulgados, em contratos firmados, e os Portais de Transparência que tem sido uma exigência da lei, não conseguem transparecer um dos maiores crimes de fraudes diagnosticados nas prefeituras do Brasil: as notas frias. E então aja empresa laranja, desvios de recursos vultosos e uma infinidade de irregularidades, que nem mesmo órgãos de fiscalização consegue identificar.
Agora, que a nota do prefeito tenta de forma bem nítida livrar a sua cara, exclusivamente a sua cara, só não percebe quem não quer enxergar.
Na hora de culpar um engenheiro e um secretário por uma obra inacabada que a verba não conseguiu concluir, e que virou alvo de investigação de um órgão sério e isento que diagnosticou irregularidades, eu acredito que ele não vai nem pestanejar. A regra é: eu coloquei vocês na pasta para responder por qualquer contratempo que por ventura venha a acontecer. Vocês sabem o que fazem. É o que está acontecendo hoje.
Estou errado?
Então quem a partir de hoje, quer ficar com o nome limpo, o melhor e de forma elegante, é ir saindo de fininho, porque por mais que tentem disfarçar, por mais que queiram colocar panos mornos em cima dos acontecimentos, os transtornos são terríveis principalmente para a família (filhos, mães, irmãos). E não adianta riso falso, irônico, para convencer, porque para a sociedade araripinense, foi um momento vergonhoso.
Mas para aqueles que se acostumam com fatos como esses, tudo pode parecer normal. Até ser preso e sofrer todo o tipo de humilhação.
Após fechar essa crônica, fiquei estarrecido com a linguagem gestual do irmão do prefeito (em frente a uma agência bancária) com os dedos, e gritando para um dos seus prováveis colaboradores: - São doze anos.
Não sei se o distinto se referiu a permanência no poder, já que no somatório com um provável sucessor, dariam exatamente 12 anos, ou se o mesmo se refere a pena de prisão, caso seja confirmada a culpabilidade pelos crimes praticados dos envolvidos na associação criminosa, que pode chegar a 12 anos de prisão.
Por enquanto, continuamos afirmando que o PARAÍSO É AQUI, e que o céu tem sido o limite.
Até lá.
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muito obg.